Neurociência e educação são áreas cada vez mais próximas. A assim chamada neurociência educacional ou neuroeducação se fundamenta na ideia de construir uma ponte entre os estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano in vivo e os processos de desenvolvimento e aprendizagem. Inúmeros estudos “brain-based” vêm sendo realizados para mensurar o aprendizado de competências tais como cálculo e numeracia; alfabetização e letramento; competências sócio-emocionais e competências em basic skills; avaliação, inteligência fluida, inteligência cristalizada para ficar nas mais óbvias para a educação. Há uma profusão de estudos envolvendo comparações entre as diferentes faixas etárias e temas como: sono e memória, emoção e controle executivo, atenção, acurácia visual e games, letramento e neuroplasticidade e bilinguismo, musica e neuroestimulaçãoo global, meditação e neuroplasticidade, treino socioemocional e acrescimento na numeracia e no letramento;
Trabalhamos em um paper científico de revisão sistemática da assim chamada neuroeducação. Paralelamente, em outras fontes, ensaiamos, abaixo, um brevíssimo quadro preliminar de autores, temas, e proposições correlacionáveis com as práticas educacionais:
Autor | Tema | Proposição | |
Tokuhama-Espinosa (2010) | Review of Mind, Brain and education research: what is well-established/ probably so/intelligent speculation/neuromyth | Well-established:
· Cada cérebro é único, como um rosto; · Os cérebros não são iguais em habilidades para resolver problemas · Os cérebros são modificados pela experiência; · Os cérebros conectam novas informações nas antigas; · O cérebro é altamente plástico; |
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Michael I. Posner (2010) | · Quais as aplicações pedagógicas das neuroimagens?
· Como relacionar a tipologia de atenção às aprendizagens? |
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Judy Willis
(2010) |
Estratégias didáticas de aprendizagem significativa e alta motivação baseadas em neurociência | 1. Improuving RAS: reticular activating system:
2. Ciclo da dopamina (NAcc) e os mecanismos de recompensa que fixam memórias de longa duração (moduladas pela emoção) 3. Incorporação do erro como parte do aprendizado 4. Avaliação frequente 5. Estratégias de contextualização e recuperação da memória – por padrões e correlações; 6. Comunidades de aprendizagem
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Multimodalidade de linguagens de linguagens favorece o aprendizado? (Polemica com PELLEGRINO et al 2011); | · Holistic and Visual thinking como estratégia de entrada em um tema; depois desenvolver detalhes e sequencias;
· A arte como conteúdo e estratégia para o desenvolvimento da criatividade (pensamento holístico, não PBL); |
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O papel da emoção no aprendizado | 7. A vinculação emocionalmente positiva como fator crucial para a memória das aprendizagens: “o estado de fluxo”
o Stress como causa de baixa retenção de memórias 8. A vinculação emocional a saberes não científicos |