No livro “É Assim que aprendemos: por que o cérebro funciona melhor do que qualquer máquina (ainda…)” de Stanislas Dehaene (Editora Contexto, 2022), conhecemos os fundamentos da neurociência de como o cérebro funciona e quais são as estratégias recomendadas pelas Ciências da Aprendizagem (um campo interdisciplinar entre psicologia, pedagogia, neurociência, antropologia dentre outros), para aprofundar a capacidade do cérebro de aprender e reaprender a vida inteira.
Dehaene é talvez o neurocientista mais influente da atualidade em educação, tendo contribuído decisivamente em suas publicações anteriores para compreendermos como que se dá o processo de alfabetização, inclusive em termos de evidências de neuroimagens, como mostra o livro “Neurônios da Leitura: como a ciência explica a nossa capacidade de ler”, e como se dá a intuição numérica e o aprendizado do pensamento matemático, como mostra o livro “El Cerebro matemático: cómo nascen, viven, y as veces mueren los números en nuestra mente” ou “The Number sense: how the minds creates Mathematics”, ainda sem tradução ao português. Esses dois livros brilhantes estão rapidamente resenhados nesta nova obra de compêndio, em que o grande pesquisador organiza o pensamento em três partes:
1) o que é aprender?
2) Como nosso cérebro aprende,
3) Os quatro pilares do aprendizado.
Com uma escrita fácil e convidativa ao leitor, Dehaene nos leva a conhecer um pouco das características evolutivas da nossa espécie, como o “aprender a aprender” é, de longe nossa maior capacidade e distinção das demais espécies, quais são as capacidades inatas de todo o cérebro humano, e como todos nós podemos nos reconhecer desde bebês como cientistas natos, verdadeiros investigadores que descobrem padrões ao seu redor para melhor atuar no mundo.
Mais do que isso, Dehaene mostra como a cultura e a educação aprofundam e amplificam nossa grande capacidade inata de aprender, bem como em processos mal Mais do que isso, Dehaene mostra como a cultura e a educação aprofundam e amplificam nossa grande capacidade inata de aprender, bem como em processos mal conduzidos, podem fortemente produzir experiências de fracasso e baixa autoestima. Na última parte, conhecemos então os quatro pilares do aprendizado e como manejamos com mais sucesso todos eles em nossa sala de aula:
Quatro Pilares da Aprendizagem:
– Atenção
– O envolvimento ativo
– O feedback de erros
– A consolidação
Há polêmicas muito interessantes, como por exemplo a discussão sobre estilos de aprendizagem, o que para Dehaene é claramente uma ideia desmentida pelas evidências científicas mas que se tornou m muito popular nos últimos tempos. Vale à pena conhecer os argumentos da neurociência que refutam essa ideia tão propagada. Nas últimas páginas, o grande neurocientista traz inclusive uma lista de recomendações para todas as escolas. Leitura obrigatória. Vale muito a pena ler! No link abaixo comentamos o livro em uma de nossas live da @ativaedu: https://www.instagram.com/tv/CkwUezhgdwx/?utm_source=ig_web_copy_link
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