Autoavaliação Visível: 7 ideias para engajar estudantes utilizando uma técnica estatística muito popular

Do lado esquerdo da imagem está escrito "Antes da oficina", em roxo, logo abaixo, um gráfico demonstra no cruzamento de duas linhas, formando quatro quadrantes, os seguintes escritos, seguindo do topos e no sentido horário: aprendizagem visível; rotinas de pensamento; taxonomia de objetivos educacionais; e planejamento reverso. Próximo ao cruzamento das linhas, estão as pontuações, seguindo a mesma ordem: 2.1; 1.9; 2.1; 1.9. Do lado direito da imagem está escrito "Após a oficina", em roxo, logo abaixo, o mesmo gráfico anterior, com o diferencial nas pontuações que agora indicam: 3.8; 3.7; 3.4; 3.8.

Você já viu um gráfico de radar? Eles nos ajudam a quantificar múltiplas dimensões ou conceitos na forma gráfica de radar.

Veja os exemplos a seguir:

Agora, você consegue imaginar como eles podem ser utilizados como instrumento de avaliação na sala de aula?

A autoavaliação visível é uma simplificação da técnica estatística de construção de gráficos de radar e pode ser uma ferramenta poderosa para engajamento de estudantes.

Na verdade, ela já é conhecida como forma de avaliação formativa há tempos.

Trata-se de uma metodologia simples e efetiva que pode ser utilizada para tornar visível a aprendizagem sobre quaisquer temas.

Isso se dá por meio de uma autoavaliação de graus de familiaridade, uso ou conhecimento que cada um tem em relação a um certo tema.

Assim, é possível trabalhar com a autoavaliação como parte do processo de aprendizagem, mobilizando conhecimentos prévios e automonitoramento no início, durante e ao final de um estudo.

Além de gráficos e etiquetas, também é possível utilizar essa estratégia em ambientes digitais, utilizando o aplicativo Mentimeter, como nos exemplos a seguir:

Figura 1: exemplo de autoavaliação por gráficos de radar com etiquetas (modelo analógico, em papel). À esquerda gráfico no início de uma oficina, à direita, ao final.

Nota-se um esverdeamento e amarelamento das etiquetas (o que revela um aumento da proficiência nos temas em questão).

Fonte: acervo pessoal da autora.

Do lado esquerdo da imagem está escrito "Antes da oficina", em roxo, logo abaixo, um gráfico demonstra no cruzamento de duas linhas, formando quatro quadrantes, os seguintes escritos, seguindo do topos e no sentido horário: aprendizagem visível; rotinas de pensamento; taxonomia de objetivos educacionais; e planejamento reverso. Próximo ao cruzamento das linhas, estão as pontuações, seguindo a mesma ordem: 2.1; 1.9; 2.1; 1.9. Do lado direito da imagem está escrito "Após a oficina", em roxo, logo abaixo, o mesmo gráfico anterior, com o diferencial nas pontuações que agora indicam: 3.8; 3.7; 3.4; 3.8.

Figura 2: exemplos de autoavaliação visível por gráfico de radar no aplicativo Mentimeter, coletadas antes de uma oficina para formação de professores (à esquerda) e depois (à direita).

A escala é de 0 a 5, sendo 0 ao centro e 5 nas bordas. A ampliação do gráfico revela uma ampliação do conhecimento dos participantes (de 1.9 a 2.1 no início a médias em torno de 3.8 ao final).

Fonte: acervo pessoal da autora. 

7 ideias práticas para utilizar gráficos de radar na sala de aula

  1. Conscientizar professores sobre objetivos de atividades criativas mão na massa;
  2. Mapear conhecimentos prévios do grupo;
  3. Encorajar o auto monitoramento, auxiliando alunos a refletir sobre o próprio processo de aprendizagem (metacognição);
  4. Estimular a discussão sobre objetivos e critérios avaliativos de uma mesma atividade ou projeto, ou sobre habilidades e atitudes desenvolvidas em uma unidade de ensino;
  5. Tornar o pensamento analítico e reflexivo parte da rotina dos estudantes, assim como a autoconsciência e autoavaliação;
  6. Adotar estratégias qualitativas de autoavaliação como parte da rotina de sala de aula;
  7. Engajar estudantes com os temas ou conteúdos de uma aula ou oficina (pode ser qualquer um, disciplina, interdisciplinar ou ligado a autoavaliação de competências, como criatividade, comunicação etc).

Onde encontrar outras ideias para utilizar gráficos de radar na sala de aula

O Centro de Referências em Educação Integral lançou uma plataforma para divulgar metodologia de fundamentos e instrumentos para o desenvolvimento curricular alinhado à BNCC.

Nesse sentido, essa é uma publicação crítica que traz ferramentas inovadoras para a prática gestora e docente das redes públicas de ensino no Brasil.

Dentre as ferramentas, os usuários poderão encontrar os gráficos de autoavaliação rápida, que podem ser feitos sempre no início e ao final dos processos de formação.

Uma amostra do seu funcionamento pode ser conferida na plataforma de currículo na Educação Integral, ao acessar, procure a metodologia 1.

Para mais conteúdos relevantes sobre o engajamento de estudantes, acompanhe o trabalho da Ativa através da nossa Biblioteca Virtual!

Referências

ANDRADE, Julia Pinheiro; COSTA, Natacha; WEFFORT, Helena Freire. Currículo e Educação Integral na Prática: uma referência para estados e municípios. Caderno 1 e 2 . In: Plataforma-Metodologia de Currículo para a Educação Integral. São Paulo: Centro de Referências em Educação Integral/British Council, 2019. Disponível em: <https://educacaointegral.org.br/curriculo-na-educacao-integral>. Último acesso em 09/01/2020.

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