Rotinas de pensamento: refletindo com frações

Em um bloco de fundo azulado, está em destaque o escrito "Refletindo com frações" e, logo abaixo, uma imagem de uma bandeja retangular com divisórias idênticas, contendo clipes, gominhas e percevejos, totalizando 20 quadrados internos e iguais. Log abaixo está escrito "print Cartazes" e, na direita da imagem, escritos, um abaixo do outro: "Abertura; Anotem em um post-it; O que vocês veem?; O que vocês pensam?; O que vocês perguntam?".

Esta atividade foi planejada e aplicada nas turmas de 5º ano, levando em consideração os objetivos curriculares propostos para a série e, ao mesmo tempo, a riqueza criativa e aberta com que a matemática pode ser ensinada.

A ideia era instigar os alunos a formularem perguntas sobre estimativas com frações usando imagens aéreas e de coleções.

Separei sete imagens retiradas do livro Mentalidades Matemáticas na sala de aula Vol.2 (páginas 55 a 64), com impressões coloridas, de forma que pudessem ser distribuídas aos estudantes. Iniciei a atividade aplicando a rotina de pensamento vejo-penso-pergunto ao apresentar o título da atividade e uma das imagens. O objetivo era inseri-los na atividade, instigando-os à investigação, de forma a proporcionar uma exploração individual da ideia.  

Propus, então, que colassem tudo no quadro do Jamboard para socializar a atividade coletivamente.

Do lado esquerdo da imagem, uma foto com reprodução do quadro branco com a uma imagem de uma bandeja retangular com divisórias idênticas, contendo clipes, gominhas e percevejos, totalizando 20 quadrados internos e iguais; à sua direita, ainda dentro do quadro, três  perguntas, sendo, "O que eu vejo?; O que eu penso?; P que pergunto?", em colunas separadas com post-its colados abaixo da pergunta; na imagem, logo abaixo da foto, está o escrito, em destaque por um quadro azul, "Rotina de Pensamento/Pensamento Visível"; na direita da imagem, está a foto de um caderno de aluno, com três post-its contendo suas respostas.

Raciocínios matemáticos para rotinas de pensamento

Partindo dessa rotina de pensamento, de modo a engajá-los ainda mais na atividade, realizei questionamentos iniciais com base na imagem apresentada. Algumas delas foram:

“Que perguntas interessantes, com frações, poderíamos realizar a partir dessa imagem de objetos de escritório?” 

“Que estratégias poderíamos utilizar?” 

“Que ideias envolvendo frações surgem na cabeça de vocês?”

Em seguida, organizei os estudantes em trios e distribuí as sete imagens propostas no livro, coloridas, para cada um dos alunos. Solicitei que utilizassem as imagens como quisessem na investigação e os avisei que poderiam realizar anotações no caderno para posterior registro acerca das estratégias e resoluções encontradas. 

Também avisei que seriam convidados a expor o raciocínio para os demais, caso quisessem.

Aqui, vale um parêntese: devido à pandemia, deixei uma mesa no centro e as demais em volta, formando um triângulo e, mantendo o distanciamento de 1m, para que pudessem debater ideias, resoluções, pensamentos, estratégias etc.

Estão reunidas sete imagens, sendo quatro umas dos lados das outras e três abaixo, sendo: a primeira uma foto de vários botões; a segunda uma praia com lixo na areia; uma bandeja com divisórias internas contendo materiais de escritório; uma placa de computador em zoom; uma composição colorida de azulejos de várias formatos circulares; duas prateleiras de madeira contendo diversos robôs de brinquedo; pessoas vistas de cima em uma praia.

Finalmente, apresentei o desafio: 

Que questão sobre estimativas de frações pode-se formular a partir das imagens?

Durante a realização da atividade, circulei pela sala e observei como trabalhavam na manipulação das imagens entregues e como iam realizando os registros. Em determinados momentos, parava para ouvir as explicações orais, referentes às explorações e estratégias que estavam testando e analisando, bem como as ideias utilizadas acerca das investigações que surgiam a partir das perguntas propostas. 

É incrível ouvir os alunos explicando os raciocínios!

Encantador, juro! #AmoMinhaProfissão!

A etapa reservada à partilha entre os estudantes foi enriquecedora para todos.  Eles mostravam e comentavam como as perguntas criadas se relacionavam com as imagens investigadas. 

Além disso, se empolgavam a cada socialização das diferentes estratégias encontradas pelos grupos, discutindo sobre generalizações e equivalências entre elas.

Após todas as socializações, foram convidados a realizar um registro, individual, no caderno. Precisamos lembrar que, a escrita/comunicação em matemática é extremamente importante, já que promove ao estudante a possibilidade de organizar, explorar e esclarecer seus pensamentos.

Dessa forma, quanto mais os alunos têm oportunidade de refletir sobre um determinado assunto, falando, escrevendo ou representando, mais eles compreendem o mesmo.

Fotografia de dois cadernos de alunos, mostrando os registros das atividades de Mentalidades Matemáticas para as Aprendizagens Visíveis.

Ahhhh…! É de grande importância o feedback individual, ao final do processo, partindo do registro do aluno referente às suas estratégias para pensar no desafio proposto.

Tenho lido muito sobre as Mentalidades Matemáticas desde o início de 2021 e aplicado muitas sugestões, tanto do site quanto do livro, em sala de aula. A cada dia me empolgo mais e mais com esta matemática, ensinada de forma aberta e criativa. Meus alunos se encantam! Até os que começam o ano sem gostar da matemática terminam amando essa matéria. 

Portanto, um novo desafio sempre me encanta e empolga. Sempre me surpreendo ao ver os resultados.

Até a próxima!

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